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Era Boniperti

A Era Boniperti

A Era Boniperti começou com uma dobradinha no Campeonato Italiano (1971-72, 1972-73). Foi o início de de um período de muito sucesso na Juve, que conquistou nove troféus do Scudetto, além de comemorar o primeiro título europeu com a Copa da Uefa de 1977 e a Copa dos Clubes Vencedores de Taças e a Liga dos Campeões, ambas em 1984.

Apesar disso, o sucesso na competição mais importante do continente foi marcado pela tragédia de Heysel, ocorrida em Bruxelas em 29 de maio de 1985. Algo inexplicável aconteceu antes da partida e 39 vítimas inocentes perderam a vida. A partir daquele momento, o futebol nunca mais foi o mesmo. As equipes decidiram continuar o jogo para recuperar a ordem e, no fim, a Juventus que conquistou o troféu. Um sucesso sem comemorações, que permitiu ao clube viajar a Tóquio para jogar no Intercontinental. Na final, o clube derrotou o Argentinos Juniors nos pênaltis e sagrou-se campeão mundial. Vycpalek e Carlo Parola ajudaram aquela máquina sob Boniperti. Em 1976, Giovanni Trapattoni assumiu as rédeas do time. O técnico de Cusano Milanino levou a Juventus a uma era de domínio ao contar com jovens italianos como Zoff, Scirea, Tardelli, Cabrini, Causio, Rossi, Gentile, Furino, Anastasi e Bettega. A partir dos anos 80, Boniperti conseguiu agregar estrangeiros para contribuir com o que era necessário, como Liam Brady, um meio-campista irlandês inteligente que ditou o ritmo, se destacou nas assistências e fez gols incríveis. Seu último gol de pênalti em Catanzaro deu à Juve seu 20º scudetto, em 16 de maio de 1982. Assim, o clube conseguiu adicionar uma nova estrela à sua camisa. Os fãs ficaram fascinados.

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Dois meses depois, em 11 de julho, a Itália teve o prazer de vencer a Copa do Mundo pela terceira vez. Essa equipe parecia familiar. Zoff, Gentile, Cabrini, Scirea, Tardelli e Rossi foram essenciais para a seleção italiana, que ergueu o troféu em Madrid, na presença de Sandro Pertini, presidente da Itália. Com seis gols em sete jogos, Rossi foi o artilheiro do torneio e conquistou a Bola de Ouro, o segundo italiano a conquistar a honra depois de Rivera.

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Depois da Copa do Mundo, o número de jogadores estrangeiros permitidos aumentou, e assim chegaram o polonês Zibì Boniek e o francês Michel Platini. Este último provou ser único. Com sua elegância e talento para converter, ele demonstrou um talento capaz de servir companheiros de equipe que estivessem a 50 metros com facilidade. Le Roi (Platini) ganhou a Bola de Ouro por três anos consecutivos e encantou os fãs. Durante a vitória em Tóquio, ele converteu de pênalti e foi anulado um dos melhores gols da história do futebol. Naquela temporada, a Juve conquistou seu último Scudetto da Era Boniperti. Platini seguiu mais uma temporada antes de se tornar treinador e, em 2007, presidente da UEFA.

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A aposentadoria de Platini coincidiu com a reestruturação da equipe e a Juventus teve um período menos bem-sucedido, apesar de ter conquistado a dobradinha da Copa da UEFA x Copa da Itália em 1990. Dino Zoff assumiu e foi apoiado por um de seus grandes amigos e ex-companheiros, Gaetano Scirea. Essa parceria foi rompida durante uma viagem à Polônia, que culminou na trágica morte de Caetano em um acidente de trânsito enquanto procurava o clube. 3 de setembro de 1989, uma data que nenhum fã da Juve vai esquecer.

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